Finalmente!!!!
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Não há nada mais doído do que ver alguém que você ama incondicionavelmente com o coração em pedaços e sofrendo no seu colo...

Quel - Aí é ótimo, porque você pensa nesse bando de filhodaputa que vai se fuder na próxima encarnação...

Mi - Ah, chu, mas eu não tenho nada com essas coisas de religião...

Quel - Mas seu nome tá lá no caderninho!!

Mi - É bom mesmo você rezar pra mim, porque daqui a pouco tem uma moça fazendo vodu meu com queijo suiço...

São 5:15 da manhã e eu desci para o escritório para ver minha caixa de e-mail. Acredito que estou com sérios problemas...

Considerações gerais:

- Confiança continua sendo um dos meus filmes preferidos;
- A Rihana com "please don´t stop the music" é a melhor companheira para insônia atualmente;
- O novo cd do The Chemical Brothers é fantástico;
- Livros de Moda são muuuito mais caros do que eu imaginava;
- Assim como estourar o cartão de crédito com limite estratosférico é muito mais fácil do que eu pensava;
- Pegar ônibus de short não é uma boa idéia (mesmo nesse calor brega);
- Os correios em greve são zzzzzzz;
- Charlie, Sawyer e Jack são os meus caras dessa noite;
- Junto com minha garrafa de Espumante que está gelando e minhas águas com sabor (Deinha, você tem razão: a de laranja é mais gostosa!!!).

Se eu berrar daqui da minha janela, será que você me escuta???
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Dia classe C

-"Calor Brega"
- Café
- Culpa
- Confusão
- Coldplay...
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Da Deinha hoje de manhã, por e-mail:

"Lembrei e me fez rir muito agora.
Duas pessoas (metaleiros sub-20, na Savassi, chapados de vinho chapinha) dançando e rodando envolta do poste, e do João Andrade querendo abrir a janela de trás pra gritar (igual a um vândalo):
- Ahazou no brega !!!!"
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Carolzinha, FELIZ ANIVERSÁRIO!!!
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Trilha sonora de hoje:
Peter Bjorn and John

Quero todas!!!

Já ia esquecendo de outra pérola do aniversário da Carol que eu e a Deinha lembramos hoje no nosso passeio no shopping-supermercado:
abalando Paris em chamas = arrasando Bangu = demolindo o Carandiru
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Lage... muito lage...

Domingo perfeito - segundo tempo

"Mi, vamô comigo no supermercado!!!!". Sim, lógico que vou Deinha, passear no supermercado é como ir a Disney pra mim.

Comprei duas blusas, uma sandália e um casaco verde fofo (nada disso, aliás, foi comprado no supermercado)!!!!

No supermercado, conseguimos pegar um carrinho tão lesado quanto as donas, não conseguimos ganhar nada na raspadinha. E pra tristeza da Deinha, o sanduíche do Shreak saiu do cardápio do Mac Donald´s.

Voltei pra casa alguns reais mais pobre, com um cd da rihana e uma água que tem sabor de laranja (Deinha, me corrija se eu estiver equivocada, okay? Ainda não tomei, tá no congelador pra ficar geladinha...) e ainda sem saber qual é a classe e a categoria de IP.

Vou ter que esperar o gabarito...

Domingo. Meu despertador toca às cinco horas da manhã e eu não tenho certeza se eu quero me levantar pra fazer essa prova idiota de um concurso idiota com poucas vagas. Quem mandou formar num curso tão estúpido que não só não tem uma Ordem de Profissionais devidamente registrados, como também nem é necessário ter diploma para exercer a profissão. Washington Olivetto que me lembre. Filhodaputa.

Metade da sala tomou a decisão inversa da minha, ou seja, continuar debaixo das cobertas, esquecendo a ressaca. Eu não. Fui pro Estadual Central, sentei-me numa cadeirinha de colégio, daquelas de madeiras, antigas pra burro e que, lógico era muito inha: pequenininha, apertadinha, chatinha... Affe.

Uma das questões da prova era sobre IP. Puta merda!!! Sei lá que tipo de classe é um IP. Sei que o Adorno e o Horkheimer são os pais da Indústria Cultural; sei o que é agenda setting, o que é plano americano, story board e briefing, sei até fazer o esqueminha do vídeo, coisa que só aprendi porque trabalhei no departamento, mas não sei que diabos é essa porra de classe de IP.

Para variar, como aconteceu em toda a minha vida, sou a primeira da sala a acabar a prova. Ao sair, vejo os meus companheiros de sala de aula me olharem com um ar de "como assim??? mas já???" que foi confirmado pela minha mãe quando avisei que ia ao supermercado.

Adoro passear no supermercado. Nunca vou ser uma boa dona de casa porque compro excessivamente e nunca, jamais, em hipótese alguma fico fazendo comparações de preço. Foda-se se um suco é dois centavos mais barato que o outro. Vou comprar o que eu gosto e ponto. Posso escolher, não foi a dona Marina que me encarregou de empurrar o carrinho? Pois bem. Escolho o que quiser.

(Deinha, comprei o miojo caldo de feijão pra você!)

E ainda volto pra casa com uma revista de fofoca sobre o casamento de uma modelete.

Ótimo.

Domingo perfeito: vou fazer o almoço que eu quero, tomar o vinho que eu quero, ler e ouvir o que eu quero. Sozinha. Perfeito.

I don't know where we are going now
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XXIX [Eu tinha encontro marcado]

Eu tinha encontro marcado
nas esquinas da minha vida.
Mas cheguei e não vi ninguém...
Agora eu vou pela calçada
sozinho, sozinho, sozinho...
Não tem mais esquina na vida
não tem mais encontro nem nada...
Será que meu amor se enganou
E só me espera no fim?

Sérgio Milliet
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Se não estou fazendo nada de errado, porque estou me sentindo culpada?

Pérolas do aniversário da Carol:

"Preciso dizer algo aos meus convidados: não é polido chegar depois que a aniversariante está bêbada".
"Não sei se no meu aniversário tem muitas pessoas, mas tem muitos copos".

Carol: - vamos pedir o próximo champagne??? Se bem que vamos perder a Tati pra estourar...
Mi: - Bom, ai a gente pede outra!!
Carol: - Você perdeu a noção do dinheiro?
Mi: - Não! Ela é que perdeu a noção do fuso horário!!!

Mi: - Tati, daqui a pouco eu vou subir pra cobertura.
Tati: - Mariana, você vai subir é pra laje!
Mi: - Como assim??? Pra laje?
Tati: - Uai, cada um sobe como pode...
Mi: - Como assim???
Tati: - Ah, Mari, você é barraqueira...
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Acabamos com a adega do Café...

De Carol para Mi, depois de contar a DR no banco: "Tem um pai de uma amiga minha que sempre diz: quem não deve, não tem".
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Três Vogues depois, atesto que essa é a mais pura verdade.

O dia errado...

Meu despertador toca às cinco, mas hoje não tenho que ir trabalhar.

Vou fazer o exame de sangue, escoltada porque sempre desmaio, e, após colher dois tubinhos, a fofa com a agulha me avisa que um deles não é feito lá. Devo ir até a Aimorés (índio que eu não sei onde fica) até às 9:00. Não vai rolar, são 8:51 então mais uma noite em jejum de 12 horas.

Abro minha caixa de e-mail e penso "como assim sou maldosa????".

Vou ao banco. Por influência da minha mãe, de carro. Meia hora pra achar uma vaga, meia hora na fila e meia hora pra tirar o carro que foi fechado por um carrinho da Elma Chips.

Chego em casa. Não!!! Tenho que ir buscar o espinafre...

Esse dia está todo errado, penso eu, enquanto tomo um banho frio porque a água não esquenta nem fudendo.

Agora estou tentando justificar um texto no word que não quer ser justificado. Tenho que embrulhar o presente da Carol, trocar de roupa, secar o cabelo, arrumar minha bolsa, pegar o carro e ir até o Buritis pois me esperam em 10 minutos.

Tenho a certeza absoluta de que o meu pneu irá furar no caminho...

O que se faz quando, aos 27 anos, você prefere ficar em casa pra ver um programa chamado Skimo num canal infantil, do que sair pra tomar cerveja???

When asked about Inland Empire, Lynch responded that it is "about a woman in trouble, and it's a mystery, and that's all I want to say about it."
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Mas não é uma graça, o meu companheiro de insônia?!

"As membranas do amor são delicadas; o toque mais casual pode dilacerá-las. Se as suspeitas de Rímini as tinham afetado, expondo-as a essa infecção que está à espreita, para o apaixonado, na tentação de experimentar uma vida diferente, a antevisão da catástrofe bastou para regenerá-las. Talvez essa fosse a verdadeira função daquelas tragédias improváveis, que só aconteciam num mundo e num tempo criados pela imaginação retrospectiva: afundá-lo no horror e resgatá-lo em seguida; aniquilá-lo e salvá-lo, e reduzir, até quase ridicularizá-las, as contingências indesejáveis que no futuro pudessem embaçar sua vida amorosa. Sofía não desaparecera, não morrera, estava com ele e ainda o amava: o que era o resto, qualquer resto, senão pura frivolidade?"

O Passado - Alan Pauls

Eu odeio os domingos... todos os domingos...

A quantidade de garrafas espalhadas denunciando o quanto bebi.

As roupas por lavar e por passar, gritando que, mais uma vez, me esqueci das tarefas domésticas.

A enorme quantidade de novos papeizinhos-recibos de cartão débito/crédito. Mais uma vez a procura do preenchimento do meu vazio com a aquisição de uma calça jeans 40. Como se isso fosse me fazer mais feliz...

Livros. Quantos livros. Um empilhado sobre o outro. Uma procura constante nas minhas insônias por uma resposta que deveria estar em algum lugar mas que me parece não estar em lugar nenhum. E, no entanto, eu continuo procurando. Palavra por palavra, página por página, até dar de cara com o relógio piscando horas que deveriam ser sonhadas e não ansiadas...

Odeio esse dia que precede a segunda e o alívio que ela me dá de não ter que pensar em mim mesma.

Merda.

Odeio domingos.

Ontem a noite terminei "O amor nos tempos do cólera". Há anos queria ler o livro, mas fui "informada" por um amigo que deveria antes ler o "Cem anos de solidão", pra me acostumar com a lingugem.
Como diria a Deinha, por uma conjunção astral, tudo ontem aconteceu. Tudo veio à tona e, é claro, tudo transbordou.
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"O amor nos tempos do cólera" é a história de amor de Florentino Ariza por Fermina Daza por 53 anos, quatro meses e 11 dias.
Tempo... muito tempo...
E cinco anos é muito tempo pra mim.
Talvez já não acredite no amor, como também não acredite na morte...
E talvez por isso o "toda a vida" para mim não tenha mais sentido.
Acho que nem sempre precisamos cumprir promessas. Ainda mais quando se faz mais por caridade do que por seu valor...

One Art
by Elizabeth Bishop

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

--Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

Fazendo trabalho na casa da Quel:
(entre cochichos)
- Chu, mas o que é que é "isso" (aponta pra pessoa mais insuportável do mundo que, por alguma razão do além, adentrou ao ateliê)?
- A vomitadinha do dia...
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Ainda bem que, mesmo sem Kathys, tem gente que existe só pra ajudar a anorexia/bulimia alheia! :)

São 17:10 do dia 05 de setembro de 2007.

Um barulho chato e persistente da merda do no break me irrita.

Profundamente.

Faz um calor filhodaputa nesse escritório.

Tenho 20 livros, quatro monografias, infinitas revistas e dois programas de TV para referência. Minha monografia tem de ser entregue no máximo em dez dias e eu estou aqui... tentando postar fotos no flickr, olhando se não tem e-mails de teoria do abacaxi, metáfora do pão ou coisa do tipo, beijos do Marrocos...

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Aposta: em quanto tempo a Mi surta e vai pro buteco?

Contabilizei sete hematomas de etiologias desconhecidas. O tamanho é tão variado que posso tentar chutar desde um chupão no braço até uma marretada na canela...

Sabia que tinha algo de podre nessa estória toda do Acossado.

Eu que sou desligada e nem me toquei que o nome da personagem da Jean Seberg é Patricia Franchini....

De repente, fiquei com inveja de quem se vê completo quando é definido por outrém com cinco adjetivos...
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Vontade de escrever um monte de coisa que alguém comportado e paciente não escreve...
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Vontade de mandar meio mundo a merda e dormir no seu ombro...
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Mesmo se for pra ficar discutindo a teoria do abacaxi...